domingo, 31 de janeiro de 2010

Projeto de Lei do Senado regula o exercício da profissão de Historiador e dá outras providências



SENADO FEDERAL - PROJETO DE LEI DO SENADO

Nº 368, DE 2009

Regula o exercício da profissão de Historiador e dá outras providências.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:


Art. 1º Esta Lei regulamenta a profissão de Historiador, estabelece os requisitos para o exercício da atividade profissional e determina o registro em órgão competente.

Art. 2º É livre o exercício da atividade profissional de Historiador, desde que atendidas às qualificações e exigências estabelecidas nesta Lei.

Art. 3º O exercício da profissão de Historiador, em todo o território nacional, é privativa dos:

I – portadores de diploma de curso superior em História, expedido por instituições regulares de ensino;
II – portadores de diploma de curso superior em História, expedido por instituições estrangeiras e revalidado no Brasil, de acordo com a legislação;
III – portadores de diploma de mestrado, ou doutorado, em História, expedido por instituições regulares de ensino superior, ou por instituições estrangeiras e revalidado no Brasil, de acordo com a legislação.

Art. 4º São atribuições dos Historiadores:

I – magistério da disciplina de História nos estabelecimentos de ensino fundamental, médio e superior.
II – organização de informações para publicações, exposições e eventos em empresas, museus, editoras, produtoras de vídeo e de CD-ROM, ou emissoras de Televisão, sobre temas de História;
III – planejamento, organização, implantação e direção de serviços de pesquisa histórica;
IV – assessoramento, organização, implantação e direção de serviços de documentação e informação histórica;
V – assessoramento voltado à avaliação e seleção de documentos, para fins de preservação;
VI – elaboração de pareceres, relatórios, planos, projetos, laudos e trabalhos sobre temas históricos.

Art. 5º Para o provimento e exercício de cargos, funções ou empregos de Historiador, é obrigatória a apresentação de diploma nos termos do art. 3º desta Lei.

Art. 6º A entidades que prestam serviços em História manterão, em seu quadro de pessoal ou em regime de contrato para prestação de serviços, Historiadores
legalmente habilitados.

Art. 7º O exercício da profissão de Historiador requer prévio registro na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do local onde o profissional irá atuar.

Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

O campo de atuação do historiador não tem se restringido mais à sala de aula, tradicional reduto desse profissional. Sua presença é cada vez mais requisitada não só por entidades de apoio à cultura, para desenvolver atividades e cooperar, juntamente com profissionais de outras áreas, no resgate e na preservação do nosso patrimônio histórico, mas também por estabelecimentos industriais, comerciais, de serviço e de produção artística.

No âmbito industrial, o historiador vem trabalhando na área de consultoria sobre produtos que foram lançados no passado, para análise de sua trajetória e avaliação sobre a viabilidade de seu relançamento no mercado consumidor, ou ainda, para o estudo das causas de seu sucesso ou fracasso.

Pelas suas qualificações, o historiador é imprescindível para os estabelecimentos do setor de turismo, que contratam seus serviços para desenvolver roteiros turísticos para visitação de locais com apelo histórico e cultural.

Entidades públicas e privadas recorrem ao historiador para recolherem e organizarem informações para publicação, produção de vídeo e de CD-ROM, programas em emissoras de televisão, exposições, eventos sobre temas de história.

Não menos valiosa é a sua colaboração nas artes, onde o historiador faz pesquisa de época para os produtores de teatro, cinema e televisão, quer auxiliando na elaboração de roteiros, quer dando consultoria sobre os cenários e outros elementos da produção artística.

Num mundo onde a qualidade e a excelência de bens e serviços vêm se sofisticando cada vez mais, os historiadores devem ter sua profissão regulamentada, pois seu trabalho não mais comporta amadores ou aventureiros de primeira viagem.

Assim, julgamos ter chegado o momento de regulamentarmos o exercício da profissão de historiador que hoje congrega, em todo o país, milhares de profissionais que reivindicam, há muito, o reconhecimento e valorização de seu trabalho.

Por essas razões, esperamos contar com o apoio de nossos nobres pares para a aprovação deste projeto de lei.

Sala das Sessões,

Senador PAULO PAIM
(À Comissão de Assuntos Sociais.)
Publicado no DSF, 29/08/2009.
Secretaria Especial de Editoração e Publicações do Senado Federal – Brasília-DF
OS: 15781/2009

POTLATCH – Revista de História das Faculdades Integradas de Cataguases



Artigos Publicados:



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Se o homem ensoberbece, a alma padece: Guibert de Nogent e sua peleja pessoal contra a vaidade
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Economia, Cultura e História da zona da Mata mineira: entrevista com o professor Ângelo Carrara
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Resenha

Costumes da corte no Antigo Regime
Joaquim Branco

LINHA DE PESQUISA: Cultura, política e sociabilidades

Esta Linha de Pesquisa reúne investigadores e alunos interessados na indagação minuciosa sobre os diálogos estabelecidos nos ambientes rural e urbano.
Para tal, toma-se como base o fato de que as experiências humanas são pontuadas por memórias e significações que constantemente fundamentam e modificam a própria imagem e as relações construídas nestes espaços de sociabilidades.

Com abordagens variadas, procuramos desenvolver estudos acerca de conceitos, teorias, instituições, costumes, crenças, linguagens e demais manifestações da cultura em sua dimensão histórica.
A presente linha de pesquisa oferece a abertura de um amplo território de temáticas, objetos e perspectivas documentais para a pesquisa científica.

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: História e Cultura

Nesta Área de Concentração importa deslindar as elaborações e modalidades de apropriação específicas que os grupos e indivíduos fazem das representações, conteúdos e objetos culturais.

Nosso maior desafio é apreender como um número significativo de ambientes sociais pode mediar diversas visões de mundo. De que modo esses modelos deram contornos às práticas e aos discursos dos atores envolvidos em instigantes interlocuções?

Interessa-nos primordialmente a relação entre testemunhos orais e registros escritos no procedimento de constituição da memória e da história. Para tal, será usada a maior variedade possível de ferramentas conceituais como meio de compreender as representações e apropriações dos códigos e referenciais vividos
pelas diferentes redes de sociabilidades.

O CURSO DE HISTÓRIA

O Departamento de História das Faculdades Integradas de Cataguases (FIC) deu início às suas atividades em 1972. Prioritariamente, o curso destina-se aos interessados em lecionar História (nos níveis Fundamental, Médio e Superior), desenvolver pesquisas na área de Ciências Humanas e Sociais e atuar em instituições públicas e privadas de fomento à cultura. A duração mínima prevista para obtenção do diploma é de 36 meses ou seis períodos.

Atualmente, o Programa desenvolve estudos científicos em várias temporalidades e estabelece uma notável influência regional com a presença vigorosa de nossos egressos em parte da zona da Mata mineira.

Dotado de um corpo docente altamente qualificado, o Departamento de História passou a publicar a partir do ano de 2009 o periódico Potlatch – Revista de História das FIC, tendo em vista a socialização do conhecimento e a difusão da pesquisa em Ciências Humanas no âmbito nacional.